Linda, delicada, inteligente, gentil e humilde são só algumas das qualidades dessa mulher maravilhosa, a minha diva de hoje, Audrey Hepburn. Não tem como falar em filmes clássicos sem falar nessa grande estrela que jamais será esquecida. Audrey era uma mulher diferente de todos os outros tipos de atrizes hollywoodanas e por isso que a admiro tanto. Ela derrubou o estereótipo de 'loira de olhos azuis' e mostrou o que uma talentosa morena é capaz de fazer. Não é a toa que ela foi considerada A terceira maior lenda do cinema, segundo a American Film Institute ( na minha humilde opinião, merece o primeiro lugar). Aqui vai um pouquinho da história dela, que por sinal também é bem memorável.
Biografia:Audrey Kathleen Ruston ( posteriormente, seu pai anexou o sobrenome Hepburn), nasceu na Bélgica em 4 de maio de 1929, filha de um podereso banqueiro e de uma baronesa (nada mal heein? haha). O curioso é que Hepburn tinha sido dada como morta três dias após o seu nascimento, quando os médicos desistiram de reanimá-la. Mas foi sua mãe que conseguiu que seu coração voltasse a bater. Com 9 anos, após a separação dos pais, Audrey foi para um internato em Londres, onde e apaixonou por balé. Entretanto, uma ano depois a Segunda Guerra Mundial explodiu e a menina mais uma vez teve que mudar, ao seu contragosto, para a Holanda, onde segundo esperava sua mãe, ela estivesse longe dos perigos da guerra.
Durante o conflito e diante da ameaça nazista, a pobre menina passou por muitas dificuldades. Sofreu de desnutrição e entrou, durante um curto período, em depressão. Chegou a estrelar espetáculos clandestinos de balé para arrecadar fundos e transportar mensagens secretas em suas sapatilhas.
Com o fim da guerra, ela e sua mãe voltaram para a Inglaterra e Hepburn tentou em vão, voltar ao balé. Sua professora teria dito que ela era alta demais e que não possuia talento suficiente. A partir de então, Audrey passou a trabalhar como modelo fotográfica para garantir o sustento da família. Simultaneamente ao trabalho como modelo, Audrey começou a investir em sua carreira como atriz. Atuou em alguns filmes franceses e estreou em 1952, a peça Gigi, da Broadway. Mesmo com as críticas não tão favoráveis, ela não desistiu de sua carreira. Em 1953, a atriz participou de uma audição para o filme A princesa e o Plebeu, no qual conseguiu o papel principal e pelo qual recebeu o Oscar de Melhor Atriz. Em 1954, foi apresentada a Mel Ferrer, por quem se apaixonou e casou em setembro do mesmo ano. Seis anos depois, nasceu Sean, o filho tão esperado pela atriz. Antes de Sean, Audrey havia engravidado diversas vezes e sofrido abortos espontâneos, que a deixavam muitíssimo deprimida ( um dos maiores desejos da atriz era ser mãe - ah que linda!). Durante esses anos de tentativas, Hepburn foi incentivada por Mel a trabalhar, e nesse época estrelou muitos filmes, dentre eles: Cinderela em Paris, Amor na Tarde e A Flor que não morreu. Em meados de 1961, Audrey alcançou o auge de sua carreira, interpretou Holly Golightly, em Breakfast at Tiffany's ( um dos meus clássicos preferidos, um filme que eu superindico.). Audrey ficou famosa pelas roupas usadas nesse filme, que há pouco tempo foram arrematadas em um leilão por milhares de dólares. Os looks tem autoria de Hebert Givenchy, estilista que também vestiu a diva em outros filmes. Ainda em Bonequinha de Luxo ( título em português de Breakfast at Tiffany's ), Hepburn se aventurou, e obteve total êxito, como cantora. O single Moon river, composto Henry Mancini fez tanto sucesso quanto o filme de qual era tema. Entretanto, a bela voz da atriz foi rejeiitada em My Fair Lady, filme no qual a cantora foi dublada. Tal fato dexou a atriz tão aborrecida que ela teria chegado a pensar em abandonar as gravações.
Em 1968, estreou Um caminho a dois e Um clarão nas trevas, último filme dirigido por seu esposo, e tentativa vã de salvar o casamento. Hepburn e Ferrer se divorciaram em dezembro do mesmo ano. Logo depois, a atriz resolveu afastar-se da carreira, com a intenção de se dedicar mais ao seu filho, mas casou-se em janeiro de 1969 (apenas seis semanas após o divórcio) com o psiquiatra italiano Andrea Dotti. Com ele teve o seu segundo filho Lucca, que nasceu em 1970. Dez anos depois, Hepburn pediu o divórcio que só foi concretizado em 1982. Depois do segundo casamento, filmou Muito riso e muito alegria, e no fim das filmagens conheceu Robert Wolders. Os dois tornaram-se grandes amigos e viveram juntos até a morte de Audrey. Ainda nos anos 1980, a atriz abraçou uma nova causa: a do trabalho voluntário e tornou-se Embaixatriz da UNICEF. A atriz acreditava ter uam dívida com a instituição, já que esta teria sido responsável pelo envio dos alimentos que salvaram a vida da atriz, no final da Segunda Guerra.
Em 1989 fez uma participação especial como um anjo em Além da eternidade. Este seria seu último filme. Audrey passou seus últimos anos em incansáveis missões pela Unicef, visitando países, dando palestras e promovendo concertos com causas. Sua facilidade com idiomas teria ajudado com sua missão ( a atriz falava fluentemente francês, italiano, inglês, neerlandês e espanhol).
Em 1993, foi diagnosticada com cancêr no cólon. Faleceu às 7 horas da noite de 20 de janeiro de 1993, aos 63 anos.
Recentemente, uma biofrafia sobre Audrey Hepburn foi lançada na Espanha, pela T&B Editores e escrita pelo jornalista e escritor espanhol Juan Tejero. A biografia foi nomeada de Audrey Hepburn, uma Princesa na Corte de Hollywood. Nome muito digno, na minha opinião.
Algumas das minhas citações preferidas dela são as seguintes:
"Para ter lábios atraentes, diga palavras doces; para ter olhos belos, procure ver o lado bom das pessoas; para ter um corpo esguio, divida sua comida com os famintos; para ter cabelos bonitos, deixe uma criança passar seus dedos por eles pelo menos uma vez por dia; para ter boa postura, caminhe com a certeza de que nunca andará sozinho; pessoas, muito mais que coisas, devem ser restauradas, revividas, resgatadas e redimidas;lembre-se que, se alguma vez precisar de uma mão amiga, você a encontrará no final do seu braço. Ao ficarmos mais velhos, descobrimos porque temos duas mãos, uma para ajudar a nós mesmos, a outra para ajudar o próximo; a beleza de uma mulher não está nas roupas que ela veste, nem no corpo que ela carrega, ou na forma como penteia o cabelo. A beleza de uma mulher deve ser vista nos seus olhos, porque esta é a porta para seu coração, o lugar onde o amor reside."
"I was born with an enormous need for affection, and a terrible need to give it.”
"Lembre-se que se algum dia você precisar de ajuda, você encontrará uma mão no final do seu braço. À medida que você envelhecer, você descobrirá que tem duas mãos - uma para ajudar a si mesmo, e outra pra ajudar aos outros."
Assim como Clarice ( minha diva do post anterior), Audrey também passou por diversas dificuldades e mesmo assim continuou lutanto por seus objetivos, sem jamais perder a leveza. Daqui há alguns dias, fará 18 anos que ela morreu, e mesmo assim, depois de quase duas décadas, ela ainda é tida como ícone de estilo, postura, personalidade e talento, muito talento. Impossível não se apaixonar!